Quando pensamos em doações, é comum que a primeira imagem que surja na nossa mente esteja relacionada a recursos financeiros. Mas, existem diversas maneiras de doar, uma das mais valiosas é o voluntariado. Pessoas voluntárias dedicam tempo a organizações sociais como a TETO, compartilhando também seus conhecimentos e competências para impulsionar uma causa na qual acreditam.
O papel da pessoa voluntária é tão fundamental que, em 1985, a Organização das Nações Unidas (ONU) escolheu o dia 5 de dezembro para homenagear cada um e cada uma que abraça esse compromisso, criando o Dia Internacional do Voluntariado. Além de reconhecer o trabalho voluntário e inspirar cada vez mais pessoas a praticar atos solidários, a efeméride incentiva que organizações sociais juntem-se a agências governamentais, grupos comunitários, instituições, academia e o setor privado para difundir essa prática.
Quantas pessoas são voluntárias no mundo?
A ONU calcula que existam 1 bilhão de voluntários no mundo. No Brasil, são 57 milhões de voluntários ativos que dedicam, em média, 18 horas mensais à solidariedade, segundo a Pesquisa Voluntariado no Brasil 2021, conduzida pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS).Isso equivale a 12 partidas de futebol mensais.
Um estudo ainda mais recente, a Pesquisa Doação Brasil, mostra um aumento do percentual de pessoas que, ao invés de dinheiro ou itens, doaram tempo para o setor de impacto social. Em 2022, 22% dos doadores foram voluntários, enquanto, em 2020, esse percentual era de 11%.
Por que ser uma pessoa voluntária?
Quando diversas motivações para doar – seja tempo, objetos, recursos ou habilidades- – foram apresentadas para os participantes do estudo selecionarem as mais importantes, o apego à causa apareceu em primeiro lugar (93%), seguido pela sensação de que doar faz bem (90%) e, na terceira posição, está a convicção de poder fazer a diferença por meio da doação (89%).
Os dados revelam que o voluntariado não é benéfico apenas para as entidades filantrópicas, como também para quem o realiza, pois possibilita o exercício da empatia, da solidariedade, da resiliência e da cidadania. Outros benefícios são: estímulo ao trabalho com diferentes culturas e pessoas, desenvolvimento da criatividade e da inovação, busca de soluções em outros contextos, fortalecimento do espírito de equipe, desenvolvimento de lideranças e sensibilização para desafios locais e globais.
Segundo a Pesquisa Nacional de Voluntariado, feito com a equipe da TETO em 2022, 49% da juventude que atua com a organização é motivada pela vontade de participar da construção de uma sociedade mais justa e 21% topam o desafio em busca de ampliar seus horizontes e desenvolver um senso crítico diante dos atuais contextos políticos e sociais.
A ação voluntária é a base do trabalho da TETO, que desde 2006 já mobilizou, só no Brasil, mais de 89 mil pessoas voluntárias, um time que atua em diferentes áreas, como comunicação, captação de recursos, construção de moradias de emergência e projetos comunitários, gestão social e assim por diante.
Dentro do voluntariado da organização, há muitas histórias inspiradoras, como a da arquiteta Andressa Cabral, que viveu um cenário de insegurança habitacional e é coordenadora de equipe na comunidade Vila Beira Mar, no Rio de Janeiro. Filha de pedreiro e de diarista, Andressa decidiu cursar arquitetura para proporcionar moradia digna para mais pessoas.
“Estar na comunidade é ser ferramenta de algo que é muito maior do que o indivíduo. Por isso que eu digo que a TETO ajudou a salvar a minha própria vida. Eu consigo ser parte de uma coisa que é muito maior do que eu”, afirma Andressa.
Faça parte
Existem muitas maneiras de ser voluntário da TETO: participar do Ciclo de Voluntariado permanente, se inscrever em ações pontuais, como campanhas, construção de moradias de emergência e projetos comunitários.
A organização também convida empresas que desejam envolver seus funcionários no voluntariado e realizar atividades solidárias com colégios, que possuem espaços formativos de troca entre colegas de escola e moradores e moradoras das comunidades.
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