Em 2019 a TETO Brasil definiu como objetivo social estratégico o incentivo a projetos comunitários – com base na demanda trazida pelas próprias comunidades vulneráveis com as quais atuamos. Até aquele momento, a organização tinha realizado menos de cinco projetos e ao final daquele ano chegamos a um pouco mais de 10. No entanto, dada a complexidade do desafio habitacional no país, a demanda por moradias nunca caiu – pelo contrário, segue aumentando de maneira alarmante. Isto é, mesmo com um foco social definido em projetos, a organização seguiu priorizando seu programa de moradias, o qual é executado via mutirões. Em 2019, um único mutirão de moradias chegava a mobilizar simultaneamente mais de 500 pessoas em território.
Em 2020 o mesmo desafio acenava: construir mais projetos mesmo com a alta demanda de moradias. Porém, em março de 2020, a COVID-19 colocou toda a população em alerta e as aglomerações de pessoas, característica de mutirões, foram todas postas em cheque. Dessa maneira, como organização a TETO precisou construir maneiras de atuar que não contribuissem com a propagação do vírus e que não deixassem a instituição distante das comunidades em um momento tão difícil e desafiador para os territórios de vulnerabilidade – dificuldades diagnosticadas em nossa pesquisa de Avaliação de Impacto da COVID-19 e do Programa de Moradias da TETO, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas.
A resposta a essa questão foi: projetos comunitários. Isto é, o objetivo de 2019 ganhava força com o contexto social e impulsinou o impacto da organização mesmo no cenário pandêmico. Em 2022 a TETO Brasil finalizará o ano com quase 150 projetos comunitários em seu portfólio de entregas – crescimento de 1000% em dois anos. Todos os projetos entregues pela TETO têm como base a tecnologia social Mesa de Trabalho -, reconhecida pela Fundação do Banco do Brasil – que consiste em espaço colaborativo e periódico construído a partir da participação de voluntariado da TETO e pessoas moradoras das comunidades, onde são definidos de maneira colaborativa os projetos prioritários para o território.
Os projetos possíveis de serem postulados ao FUNTETO são divididos em quatro tem:
1) Acesso à Terra,
2) Moradia,
3) Acesso à água, saneamento e energia,
4) Infraestrutura comunitária.
É a partir dessa priorização, a equipe da Mesa de Trabalho elabora um Plano de Ação, o qual é transformado em uma postulação ao FUNTETO, que é o fundo de fomento da TETO a iniciativas locais. Com o financiamento aprovado, a postulação se desdobra em ações concretas que melhoram a qualidade de vida das comunidades. Entretanto, o volume de projetos aumentou (e tende a seguir crescendo) e as fichas de excel ou preenchidas a mão se tornaram obsoletas, mas como não podíamos simplesmente abandoná-las, perdemos qualidade, eficiência e precisão e muitos projetos, gerando perdas de recursos e tempo desnecessárias.
Ou seja, precisávamos de uma solução adequada e inovadora para organização e para as comunidades, com objetivo de qualificar nosso resultado final – sabíamos que essa solução estaria fora de casa, precisávamos de uma parceria. E foi a partir dessa jornada de busca por melhores resultados que encontramos a VINKO digital: uma empresa chilena com o propósito de fornecer ferramentas tecnológicas amigáveis que aumentam a produtividade de equipes e organizações a partir da otimização do tempo.
Hoje com a solução de vform da VINKO, a TETO Brasil vem ganhando em eficiência, transparência e profissionalismo em seus processos de trabalho, o que facilita a priorização e os feedbacks às equipes, gerando resultados cada vez mais alinhados com os objetivos institucionais.
A parceria da VINKO com a TETO é a primeira experiência da empresa no Brasil e em língua portuguesa, o que certamente abre uma janela de oportunidades para que mais organizações brasileiras conheçam as soluções VINKO e como elas podem ajudá-las assim como estão ajudando a TETO Brasil.
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*Texto por: Ygor Santos Melo, Gerente das Áreas Sociais da TETO Brasil. Arquiteto e Urbanista (UNESP), especialista em habitação de interesse social e mestrando em Habitat (USP).