“Quando nós vamos ter uma camiseta do TETO?”
Durante os dias 11 e 12 de fevereiro, a sede do TETO em São Paulo reuniu coordenadores, diretores e muitos novos rostos. Segundo Sofia Belluomini, Coordenadora de Formação e Voluntariado São Paulo, essa foi a pergunta mais ouvida durante o evento. Os jovens recebidos durante o final de semana foram apresentados ao TETO e o TETO foi apresentado a eles. “Foi a primeira vez desde que eu entrei na ONG que vi tanta gente junta em alguma atividade que não fosse algo massivo como a Coleta é, por exemplo. Todo mundo se envolveu bastante”, disse a Coordenadora.
Durante o evento deste semestre, as equipes focaram em fornecer informações que pudessem dar ao voluntário uma compreensão completa do papel de cada um dentro das áreas e o que o TETO espera de todos eles. Segundo Sofia, isso é crucial para que cada um saiba se consegue se comprometer durante o período proposto pelo ciclo. ”Muitos voluntários, ao final do evento, nos avisaram que não conseguiriam se comprometer. Foi importante perceber que eles entenderam como funcionaria e se conscientizaram que, talvez, não pudessem cumprir com tudo”, afirma Sofia.
O Novo Ciclo de Voluntários de fevereiro deste ano foi o primeiro organizado seguindo a nova reestruturação proposta pela organização, que está acontecendo de forma nacional. A partir de 2017, o TETO abre espaço para a entrada e saída de jovens interessados no voluntariado, a cada 6 meses. Para Sofia, o ciclo semestral é ideal para desenvolver bem todas as pessoas que querem contribuir com a ONG. “Precisamos desses meses para planejar, captar, dar início às atividades e acompanhar o voluntário. Achamos que com essa periodicidade teríamos um bom tempo para terminar todas essas etapas.”
Com os ciclos de voluntariado acontecendo de 6 em 6 meses, o TETO visa sanar a desorganização das áreas internas causada por conta de entradas informais e esporádicas. Sofia explica que, muitas vezes, os voluntários entravam conforme as demandas iam surgindo e mal tinham repertório para explicar o que fazem e por quê fazem isso. “Esses voluntários acabam saindo muito rápido, porque não passaram por um processo de indução que desse a eles a clareza de seus papéis e de suas contribuições.”
Para que o Ciclo continue da mesma forma no próximo semestre, o TETO já pensa na capacitação de coordenadores e em formas de fazer um planejamento mais adiantado para o próximo evento. Todas as áreas farão induções cada vez mais específicas e ficarão responsáveis pela ambientação de seus novos voluntários, e os coordenadores serão preparados para designarem as tarefas de forma clara e envolvente.
Além disso, todos os Ciclos contarão com um formulário de saída, após os 6 meses de atividade, quando o voluntário será questionado se quer renovar seu compromisso. A equipe de gestão interna ficará responsável por estruturar o processo de avaliação, feedback e saída dos voluntários. “Caso o voluntário não continue, esse fechamento fica como um agradecimento formal a dedicação daquele jovem com o TETO”, afirma Sofia.
Os novos voluntários já foram apresentados às suas equipes de destino e já se reuniram para programarem as próximas ações. “Estamos felizes e animados com o novo ciclo. Acho que vem muita coisa boa por aí, os voluntários estão cheios de gás, animados e com vontade de fazer as coisas acontecerem”, afirma a Coordenadora.