No mês de junho, Camila Jordan, diretora executiva da TETO e Ygor Santos Melo, gerente social da TETO, compartilharam seus conhecimentos sobre a metodologia da TETO, a importância da moradia digna e a diferença brutal que existe entre comunidades e favelas hipervulnerabilizadas com alunos do curso de extensão de Urbanismo Social voltado à lideranças comunitárias de territórios de vulnerabilidade social, organizado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Promovido em parceria com a TETO e as organizações Centro de Estudos das Cidades do Insper Diagonal,Fundação Tide Setubal, GIZ e a Rede Brasileira de Urbanismo Social, o curso promoveu trocas enriquecedoras entre pessoas interessadas na questão habitacional e engajadas na causa.
A TETO fez parte da produção do Guia de Urbanismo Social, lançado pelo Insper em 2023. No curso, Camila e Ygor tiveram a oportunidade de reforçar e compartilhar a metodologia participativa, a coleta de dados territorializados, e a importância de concentrar esforços nas favelas mais vulnerabilizadas e precárias do Brasil.
Ambos reforçaram que o acesso à moradia digna é o direito que sustenta todos os outros e que permite o começo de uma transformação de vida para gerações e famílias inteiras.
Leia abaixo o artigo publicado por Carolina Tomaz, uma das alunas do curso:
Em junho, participei de um curso sobre urbanismo social no Mackenzie, coordenado por Carlos Leite, Celso Aparecido Sampaio, Débora Sanches e Laryssa Kruger. O curso foi uma experiência incrível.
Nesse artigo compartilho um dos temas que mais ressoou em mim, que foi a importância da moradia digna como direito básico e ponto central do urbanismo social. Apesar de minha experiência em Medellín, o curso proporcionou uma visão técnica e contextual sobre a realidade brasileira.
A moradia digna é essencial para a estabilidade física, emocional e psicológica das pessoas, impactando diretamente sua capacidade de trabalhar, estudar e se desenvolver. No Brasil, ainda enfrentamos desafios com bairros precários e casas inadequadas, o que ficou evidente nas visitas de campo às áreas periféricas de São Paulo.
Outro ponto que, para mim, ficou claro é que o urbanismo social deve ir além da infraestrutura física, mas incluir suporte educacional e conscientização sobre direitos cidadãos. Reduzir a pobreza e a desigualdade social requer uma abordagem colaborativa e inclusiva, onde todas as partes, especialmente os diretamente afetados, têm voz.
E sobre voz, esse foi um dos destaques do curso, como era voltado, prioritariamente, para lideranças periféricas, tivemos debates muito ricos. Pessoas que vivem na pele as dificuldades e mazelas do desenvolvimento urbano, no caso de São Paulo.
É cada vez mais óbvio e urgente reforçar que é vital ouvir as comunidades e buscar soluções práticas e aplicáveis para o desenvolvimento sustentável e inclusivo das cidades. Sem escutar quem está na base, é só brincar de fazer política pública.
Agradeço muito aos professores que compartilharam conosco tanto conhecimento: Carlos Leite, Celso Aparecido Sampaio, Débora Sanches Deborasanches, Laryssa Kruger, Ester Carro, Katia Mello, Fabiana Tock, Andrelissa Ruiz, Raissa Monteiro, Marcella Vaz, Camila Jordan, Ygor Santos Melo, Dênis Pacheco, Leticia.