O TETO iniciou o ano de 2017 com um grande passo: a construção de 51 casas emergenciais em São Paulo. A ação aconteceu durante o TDV – Trabalhos de Verão – atividade de construção massiva com duração de 6 dias. A ação que não acontecia desde janeiro de 2014 foi executada entre os dias 21 e 26 de janeiro.
Dando continuidade ao trabalho de protagonismo comunitário implementado por construções, o TETO retornou à comunidade Anchieta, na zona Sul de São Paulo. Há 15 minutos de distância, outra favela do Grajaú, Jardim União, também recebeu os voluntários/as para a construção.
Por ser um atividade nacional, o TDV reuniu cerca de 270 voluntários/as de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Bahia, diversificando as equipes e o corpo de staff do evento. Eduardo Gomes, voluntário do Paraná e um dos líderes desse TDV, exaltou a importância de atividades que reúnem as sedes em prol de uma mesma meta: “Esse evento veio em um bom momento e é de grande importância para o desenvolvimento do nosso trabalho. Só assim podemos detectar o que estamos fazendo de errado ou o que podemos melhorar em nossas sedes e no TETO como um todo. Essas experiências, que não são só ligadas à construção, engrandecem o voluntariado e despertam um novo olhar sobre o trabalho”, conta.
Contando com o clima incerto de São Paulo, os voluntários/as trabalharam os seis dias alternando sob sol, chuva, frio e calor, mas nada disso impediu o clima emocionante do evento. Para Igor Lima, voluntário de primeira viagem no TETO, faltaram palavras para explicar sua participação: a experiência inteira do TDV é muito intensa, você perde a noção do tempo. A relação com as pessoas ficam muito forte… Eu conheci a minha equipe no dia da primeira construção. E no final parecia que éramos amigos há muitos anos”, conta. Sobre os moradores e moradoras, o voluntário lembrou que a relação é como a de parentes. “Todos os dias almoçando na casa deles, com eles, nos faz ter a experiência minima de como é viver na comunidade”, completa.
Tanto Igor quanto Eduardo construíram a casa da Mikaeli, uma jovem de 17 anos que junto de seu marido Jéferson e seus filhos – o segundo nascerá neste ano – apoiaram a construção da moradia que eles passam a chamar de lar a partir desta semana. “A construção foi muito legal. Fiquei muito feliz em conhecer a equipe da minha casa. Teve muito trabalho e muita risada também”, conta.
Sem medo do mau tempo, os voluntários/as realizaram a construção das mais de 50 casas. Igor resume o sentimento dos quase 300 participantes: “Cada prego, cada piloti fundado, cada nível tirado valeu a pena”.