A movimentação na comunidade Olaria, na região do Morumbi, está intensa nos últimos meses. Desde agosto, moradores e voluntários estão colocando a mão na massa para ver um importante projeto sair do papel: a reforma da quadra de futebol.
A proposta foi idealizada por Lucas, de 12 anos, um dos pequenos moradores da comunidade. Com muita energia e paixão pelo futebol, foi ele quem propôs a reforma na Mesa de Trabalho. Segundo a família do jovem, o espírito de liderança vem de berço e o próprio Lucas não enxerga a si mesmo de forma diferente. “”Sempre quis ser o primeiro de tudo, o cabeça. Também gosto de ajudar””, conta.
Lucas visitou o escritório do TETO em São Paulo para explicar sua proposta e conseguiu conquistar a atenção de todos, que logo se organizaram para colocar o projeto em execução. No final do mês de agosto, a equipe de comunidade da Olaria realizou uma reunião na sede comunitária para definir as etapas do projeto. A voluntária Bruna Galvão explica que tudo se dividiu em três etapas, sendo a primeira delas descobrir a identificação dos moradores com a reforma. Ela conta que, desde o início de 2016, os moradores alegavam a importância de melhorias na área de lazer a fim de beneficiar as crianças da comunidade. “”Haviam mencionado que existia a quadra, mas que ela estava em um péssimo estado, com acúmulo de água da chuva, alambrados quebrados, traves enferrujadas e piso rachado. Decidimos então que o próximo projeto da comunidade seria a reforma da quadra”, afirmou.
Para que o projeto se desenvolvesse e começasse a tomar forma, moradores e voluntários começaram a planejar a arrecadação de verba para a construção. Além da aprovação do FunTETO, conquistada após uma apresentação do projeto no escritório da organização, os moradores da Olaria também organizaram várias atividades para gerar fundos, como bazares, venda de quitutes, churrascos e partidas de futebol.
Atualmente a construção está em sua primeira etapa. Juntos, voluntários e moradores estão trabalhando na substituição do piso por um novo, sem buracos. Bruna conta que o ritmo está ótimo, mas que há muito o que fazer. “”Precisamos instalar canos e canaletas, pintar as paredes, trocar alguns alambrados, reformar as traves e redes e pintar o piso para depois, finalmente, inaugurar”.
A expectativa quanto ao projeto é grande. A voluntária aponta que a reforma estrutural não é o único benefício para os moradores. Além da possibilidade de ter uma infraestrutura melhor para eventos e para as crianças, há o amadurecimento de todos os participantes durante a jornada de construção. De acordo com ela, o projeto promove também uma experiência de autogestão, participação e trabalho coletivo. “”Em projetos como esse é cada vez mais fácil enxergar a capacidade, resiliência, garra e força de vontade de todos. Tenho certeza que depois de tanto trabalho, o resultado será incrível e esse será mais um grande passo ao encontro do que buscamos”, comemora.
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