Na direção social do TETO Brasil desde março deste ano, Bruno Dias, 26, coleciona ideias e desafios para este que ele julga ser um novo momento da organização. Em um bate-papo rápido, ele contou um pouco sobre sua trajetória no TETO, sua experiência de trabalho no escritório central, no Chile, e suas expectativas para 2017. Confira:
Qual é a sua trajetória no TETO?
Conheci o TETO na universidade em 2010 e desde então mergulhei dentro da organização. Comecei em uma atividade de comunidade, um momento muito significativo para mim, em que me identifiquei muito com a causa.
A partir desse momento entrei para a equipe de Formação e Voluntariado. Trabalhava com Formação e Aplicação, além de pesquisas relacionados ao tema de desigualdade. Em 2012 assumi a direção de FEV aqui no Brasil e, em 2013, fui trabalhar no escritório central.
Como foi seu trabalho no escritório Central?
No escritório central tive a oportunidade de trabalhar como Diretor de FEV para a América Latina. Meu trabalho lá era o de acompanhar as direções de Formação e Voluntariado dos 19 países. Acho que foi um processo extremamente enriquecedor porque a gente começa a ver que o nosso trabalho é continental. Às vezes a gente fica muito fechado na realidade do Brasil, mas a verdade é que muitas coisas são parecidas e que é muito importante que a gente se fortaleça nas experiências desses 19 países.
Como essa experiência pode acrescentar sua direção no TETO Brasil?
O grande valor foi ver as diferentes soluções que acontecem em outros países, as diferenças na área de formação e voluntariado, a experiência do trabalho nas comunidades dos outros países também. O escritório central tinha uma visão mais estratégica sobre a Organização, e esse aporte foi uma experiência e conhecimento que eu trago para o Brasil.
Quais são suas expectativas para o TETO em 2017?
É um novo momento do TETO, um momento de crescimento, em que a gente tem que começar a usar todo o potencial que o nosso país tem para sermos de grande porte. Já estamos em quatro regiões e acho que isso é muito significativo, pois tivemos avanços muito potentes nos últimos dois anos. Então eu venho para trazer essa visão de longo prazo e ver como a organização pode ficar proporcional ao tamanho do problema que existe na realidade das favelas brasileiras.