“Estamos aqui para que as comunidades façam parte do Habitat III”, explica Luisa Polo, liderança de uma comunidade do Peru durante a apresentação da organização TETO. A exposição fez parte da inauguração do evento oficial da Terceiro Conferência sobre Moradia e Desenvolvimento Urbano Sustentável, Habitat III.
Na exposição sobre A Realidade dos Assentamentos Informais em América Latina, no marco do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, a organização TETO apresenta as grandes dívidas pendentes com as que a região recebe o Habitat III: América Latina é a mais urbanizada, 80% da população vivem em cidades, e a mais desigual. E mais de 104 milhões de pessoas, que vivem em zonas urbanas da região, moram em favelas, segundo a ONU-Habitat. Na apresentação, a equipe do TETO destaca que este marco estabeleceu que 60% do habitat do Sul Global é produzido socialmente mediante ações de subsistência, resistência e transformação.
“A América Latina está presente e seguimos na luta para melhorar a qualidade de vida das comunidades”, expressou Luisa. Para Luis Bonilha, diretor operativo do TECHO Internacional, é importante “escutar a quem está no território, que são os mais inovadores”. Exemplo desse esforço é o recolhimento de 1.309 assinaturas de lideranças de comunidades de 19 países da América Latina, ao pronunciamento que 100 deles elaboraram durante o Encontro Latinoamericano de Líderes Comunitários, no México, em 2015.
“Buscamos ter uma cidade mais digna, onde possamos ter moradias melhores, água, esgoto e serviços básico regularizados, educação para nossos filhos”, finalizou Luisa.