Lourivaldo chegou na comunidade Verdinhas, localizada na Zona Leste de São Paulo, em 2010, mas foi quase seis anos depois que o coração dele passou a bater mais forte pela causa do local. Após enfrentar algumas dificuldades para pagar o aluguel do lugar onde morava junto com a família, ele, esposa e filhos foram acolhidos pelos moradores da Verdinhas. O envolvimento veio depois de um tempo, quando ele percebeu a importância da entrega pessoal de um voluntário para a evolução de uma comunidade, dividido por muitos que dividem um sonho: o de ter uma moradia digna. “Quando cheguei aqui não conhecia o TETO. Entrei no site, pesquisei, mas mesmo assim não quis fazer parte, nem ser voluntário”, pontuou, ao lembrar que não acompanhou a primeira construção.
Foram vários momentos dividindo a mesma localização geográfica com tantas outras pessoas sem cogitar participar ativamente daquele projeto, até o dia do mutirão de lixo, ocorrido em julho do ano passado. Como a ação era muito grande, ele se juntou a outros integrantes da Verdinhas para realizar algumas tarefas, como conseguir sacos de lixo e vassouras. “A gente começou a se aproximar ajudando nos eventos. Teve o cine pipoca com a criançada e tem também o projeto de educação. Aí depois desses eventos, teve a terceira construção aqui, em setembro, quando a minha casa também foi construída”, lembra.
Morador e voluntário, Lourivaldo também ressalta que muitos moradores também deram as mãos no projeto de desenvolvimento da comunidade, e é isso que fez o projeto crescer. Hoje, ele acredita no voluntariado e vê o fato de ser morador como um importante fator para que o trabalho realizado no local tenha o melhor resultado.