Por Amanda Quaresma
Uma nova parceria foi firmada entre o TETO e uma instituição de ensino. A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (POLI-USP) juntou forças com a organização para realizar um trabalho conjunto em prol da melhoria na infraestrutura de comunidades precárias em São Paulo.
A iniciativa partiu do Centro Acadêmico de Engenharia Civil (CEC), “os alunos [da USP] sentiam necessidade de fazer um trabalho social, aproximar a teoria da prática e desenvolver o senso crítico”, diz Camila Darwiche, Coordenadora de Construções do TETO e ex-aluna da POLI.
De acordo com Camila, a POLI entrou em contato com o TETO manifestando interesse em dar apoio aos trabalhos que a organização realiza e, assim, começar a contribuir de alguma forma com as propostas da organização.
No dia 8 de outubro, os estudantes envolvidos na parceria participaram de uma oficina território que mostrou como é a atuação do TETO de campo em todas as áreas. A capacitação aconteceu na sede do TETO, que fica próximo à Av. Paulista. Durante todo o dia os universitários puderam entender melhor sobre as seções de direito à cidade, direito à moradia e a inserção do TETO nesses projetos. Eles foram apresentados à forma de trabalho da organização.
Na reunião, os estudantes e o TETO chegarem em quatro tópicos que, de acordo com os levantamentos de informações e dados, são os caminhos mais importantes para começar a superar as condições precárias de algumas ocupações, são eles: Acesso a Lazer e Esporte, Contenções em Áreas de Risco, Saneamento Básico e Mobilidade e Acesso.
Segundo a Coordenadora da área de Construções, existem muitas demandas que surgiam nas comunidades que o TETO não conseguia dar a vazão necessária, como pavimentar regiões ou construir muros de contenção e, agora, essas demandas serão repassadas para serem cometidas em parceria com os estudantes da POLI.
Em trabalho conjunto com os moradores, a intenção é elaborar um plano de ação de acordo com a necessidade individual de cada comunidade participante por meio de uma mesa de trabalho no local, onde é conversado com os líderes comunitários e moradores para levantar informações sobre as carências na região, o projeto terá como base o que cada local possui como prioridade para os residentes locais.
No dia 21 de outubro, os estudantes serão enviados pela primeira vez para as comunidades com as necessidades específicas de acordo com cada projeto para iniciar os trabalhos de elaboração de propostas em campo. A apresentação oficial do projeto para a comunidade acontecerá no final de semana dos dias 16 e 17 de dezembro de 2017.
As comunidades que trabalharão em conjunto com a POLI-USP e o TETO ainda não foram definidas. A escolha das comunidades é feita pelas gestoras territoriais que entendem as dinâmicas das regiões e, de acordo com a demanda de cada uma, a escolhida será a localidade com necessidades envolvendo Contenções em Áreas de Risco e Mobilidade e Acesso, temas que foram escolhidos para serem trabalhados este semestre; todo o planejamento de projeto pretende ser finalizado até dezembro deste ano para que no começo de 2018 seja dado início a viabilização do projeto.
A viabilização do projeto acontece de várias maneiras, primeiro realiza-se um estudo de orçamento. Projetos mais complexos dependem de uma parceria com o poder público. Outras formas de financiamento vêm por intermédio do FunTETO, um fundo de financiamento comunitário da própria organização, que pode ou não aprovar a liberação de verba para a realização das obras, iniciativa privada ou arrecadação de doações por meio dos moradores.
O objetivo principal da parceria é desenvolver projetos de melhoria na infraestrutura, em conjunto com a comunidade para benefício e aumento da qualidade de vida dos moradores. A participação deles é fundamental!