Por Édiglei Leandro
A cada ano, milhares de pessoas de todo o planeta trabalham como voluntários. A ONU, Organizações das Nações Unidas, define voluntário como jovem, adulto ou idoso que, devido a seu interesse pessoal e seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração, a diversas formas de atividades de bem estar social ou outros campos.
O voluntariado traz benefícios tanto para a sociedade em geral como para o indivíduo que realiza tarefas voluntárias. Ele produz importantes contribuições tanto na esfera econômica como na social e contribui para a uma sociedade mais coesa, através da construção da confiança e da reciprocidade entre as pessoas. Ele serve à causa da paz, pois abre oportunidades para a participação de todos.
Assim são os milhares de voluntários do TETO, que a partir de agora damos voz. Este espaço foi construir para divulgar e compreender melhor porque devemos ser voluntários. Assim o lema “Por uma sociedade justa e sem pobreza” ganha sentido e a desigualdade e a desinformação perdem espaço.
“Sou voluntária por uma série de motivos. O primeiro, eu sou simplesmente incapaz de ignorar a realidade em que vivem centenas de milhares de pessoas. Eu, como uma pessoa com muitas oportunidades, considero-me no dever de compartilhar um pouco dessa sorte que eu tive e fazer o máximo pra ampliar as oportunidades das pessoas que não tiveram tanta as chances quanto eu. Mais do que isso, eu acredito que todos nós vivemos conectados de alguma forma. Não adianta, pra mim, me beneficiar ao máximo, se ao mesmo tempo prejudico enormemente outra pessoa. Acho que isso leva aquela ideia básica de “”gentileza gera gentileza”” e, no final, é isso mesmo”, diz Sofia de Paula Baer, 20 anos, estudante universitária de economia e voluntária há três anos.
Engana-se que pensa que apesar da dedicação e de todo o trabalho empregado como voluntário ouve–se a frase eu “ajudei aquela pessoa” ou invés de “eu ganhei muito”. São inúmeras as declarações de agradecimento.
“O voluntariado me fez crescer de diversas maneiras. Foi um aprendizado pelo choque, na verdade”. E completa Sofia, “eu não tinha ideia de como eram as coisas fora da minha realidade, da minha bolha, e por isso carregava uma série de preconceitos. Logo na minha primeira experiência como voluntária eu percebi o quanto eu estava errada. Acho que mais do que essa desconstrução, hoje, mais do que antes, eu percebo que todos nós somos agentes na construção de uma sociedade melhor”.