Após passar por insegurança habitacional, Andressa Cabral descobriu seu propósito de vida
Hoje, queremos apresentar uma história que nos comove profundamente e também nos enche de orgulho e nos impulsiona a ir cada vez mais longe: a história de Andressa, uma voluntária que ao impactar vidas por meio das ações da TETO, também teve sua vida transformada.
Andressa Cabral é arquiteta e voluntária da TETO há dois anos, atuando como Coordenadora de Equipe na comunidade Vila Beira Mar, no Rio de Janeiro. Lá, ela encontra uma realidade não muito distante daquela em que cresceu: um cenário de insegurança habitacional, mas que vem sendo superado graças ao trabalho conjunto entre moradores/as e os voluntários/as da TETO que atuam na comunidade.
“Na minha casa, todos os anos a gente perdia tudo. Não tinha nenhuma condição de conforto, era uma moradia bastante precária. Quando chovia, e as gotas de água pingavam no teto da casa, só aquele barulho me desestabilizava, porque eu já tinha medo de dar enchente”, descreve Andressa.
Filha de um pedreiro e uma diarista, Andressa resolveu cursar arquitetura para melhorar a qualidade de vida dos pais por meio da moradia: “A maneira como eu achei que poderia ajudar os meus pais era melhorando a casa onde eles moravam. Dando moradia segura, digna, longe das enchentes, das intempéries”.
Ela focou nos estudos e entrou numa universidade federal, mas acabou perdendo os pais ainda durante a graduação. Mesmo abalada, Andressa concluiu o curso de arquitetura e encontrou um trabalho na área, mas sentia que seguia a vida no “piloto automático”. Até que resolveu se inscrever para atuar como voluntária fixa da TETO na comunidade Vila Beira Mar, no Rio de Janeiro.
“Aquele lugar me tirou do piloto automático, me recuperou, me fez ressignificar a morte dos meus pais, me fez encontrar sentido na minha vida. Eu aprendi a ver meu pai e minha mãe na carinha de tantas outras pessoas que eu encontro na Vila Beira Mar, porque a gente veio do mesmo lugar”,
Agora, a arquiteta busca, por meio do voluntariado, promover para famílias tão parecidas com a dela as condições e oportunidades que não teve em sua infância. E esse trabalho não consiste só na construção de moradias dignas: é o desenvolvimento comunitário que faz os olhos dela brilharem.
“Estar na comunidade é ser ferramenta de algo que é muito maior do que o indivíduo. Por isso que eu digo que a TETO ajudou a salvar a minha própria vida. Eu consigo ser parte de uma coisa que é muito maior do que eu”, finaliza.
Como ser voluntária/o da TETO?
Você pode, como a Andressa, fazer parte da equipe fixa de voluntariado da TETO. Basta se cadastrar neste formulário de interesse em voluntariado que enviaremos um e-mail assim que um novo processo seletivo for aberto.
Também é possível participar como voluntária ou voluntário de uma atividade pontual da TETO, como as construções ou as aplicações de censos comunitários. Para isso, siga o perfil da TETO no seu estado e fique atento à abertura de novas vagas.