No Dia da Luta da Mulher, o TETO mostra a força e o poder delas dentro de favelas precárias e invisíveis
A história das mulheres trabalhadoras de uma fábrica em Nova York, que morreram carbonizadas lutando por igualdade de direitos é bastante conhecida. Com base nela, a ONU declarou o 8 de março como o Dia Internacional da Mulher. A data se tornou um marco nas lutas feministas por igualdade, justiça e reconhecimento.
Apesar da relevância da data e do empoderamento feminino ter ganho cada vez mais espaço na mídia e nos debates atuais, ainda não se alcançou a igualdade salarial, a justa distribuição do trabalho doméstico e os índices de violência contra a mulher continuam altíssimos. Por isso é tão importante reconhecer as diferentes formas de opressão que atingem os mais variados contextos sociais e étnicos, e que hoje são reconhecidos pelos mais diversos movimentos sociais.
Quanto maior o nível de vulnerabilidade de um grupo, maior, também, a vulnerabilidade das mulheres nesse grupo. Mulheres negras e pobres são, hoje, as maiores vítimas de violência no Brasil. Além de sofrerem com a violência física e com todas as limitações geradas pela desigualdade de gênero, ainda convivem com a violência diária perpetrada pela pobreza.
Em favelas precárias, onde a pobreza faz as regras, são elas que dão as cartas e lideram a luta por um mundo mais igualitário e justo. Das 447 casas construídas pelo TETO Brasil em 2015, mais de 75% são chefiadas por mulheres. Entre as lideranças comunitárias que trabalharam com a organização no ano passado, quase 80% eram mulheres.
Durante essa semana de visibilidade da Luta da Mulher vamos divulgar dados e histórias que narram as lutas diárias dessas mulheres com as quais trabalhamos. Histórias e fatos que se repetem em favelas por todo o Brasil, mas ainda são pouco conhecidas pela sociedade. Acompanhe nossa página no Facebook e compartilhe!
É preciso legitimar e ampliar essas vozes.